terça-feira, 22 de junho de 2010

Angra dos Reis

Praias de Angra dos Reis

Praia de Mambucaba




Usina Nuclear - Eletronuclear







Praia do Frade



Praia do Engenho







Praia da Enseada



Cidade de Angra dos Reis

Escola Naval



Igreja Nossa Senhora do Carmo







Igreja Santa Luzia de 1632









Porto de Angra do Reis





Olha a nossa cara!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Em direção a Paraty

Diário da viagem a Paraty

A estrada para a Cidade de Paraty no Rio de Janeiro reserva muitas surpresas agradabilíssimas. Natureza exuberante.


A natureza cobra respeito!
Os resquícios dos deslizamentos ainda estão aqui.
Alguns sem grandes consequências, algo que só a natureza entende.
Seu movimento natural.
Alguns são mais gritantes.
Algumas estradas ainda necessitam consertos.




1º dia

Uma hora e meia de avião. Acima de todas as nuvens pairando sobre muitas histórias de vida lá estávamos nós. Eu imaginava o que nossos antepassados que nunca imaginaram viajar de avião pensariam daquelas nuvens. Algumas pareciam indóceis, outras um lindo tapete de algodão. Imagem inesquecível.
Voamos com a empresa Azul. O piloto era experiente. Subimos e descemos suavemente na pista do aeroporto. O atendimento a bordo é competente. Tenho só elogios.
Vimos o nascer do sol! De tal altura foi interessante pelas cores e tonalidades. Eu juro que do lilás ao verde. Uma pintura não retrataria tal experiência.
Ao chegarmos ao Rio de Janeiro, e fomos ao balcão da locadora.
Por que alugar um carro para ir a Paraty é interessante economicamente? Porque duas pessoas de taxi até a rodoviária, mais passagem de ônibus ida e volta a Paraty, sem falar nas possibilidades de passeio que um carro nos oferece... Por que não? A estrada é a 101, direto até Paraty com possibilidade de paradas no caminho para aproveitar a vista que é um desbunde. Verdade seja dita a parte mais tensa é dirigir pelo Rio de Janeiro. Tem que tomar a Avenida Brasil e seguir por cima do viaduto e cuidar para não se desviar do caminho. As placas de sinalização do Rio de Janeiro não são para os turistas. São para os habitantes locais que não precisam delas!!!! Deveria ser para turistas! Isto o Rio de Janeiro deveria melhorar. Eu como copilota, acabei fazendo o Agostinho se perder! Depois fiz ele se achar!!! Kkkkk Mas que nós deu um pânico... isso deu!
Sugestão: Nas horas de pânico... não entre em pânico. Pense: “sempre há uma solução”, só é preciso achá-la! Kkkk ACHO eu! Pânico não resolve nada! E os engenheiros quando fazem uma estrada tem que pensar nas pessoas que se enganam e planejar um retorno, uma saída, ora!
Voltando a chegada!
Todas as locadoras tinham escritórios dentro do aeroporto para receber os clientes, mas é um cubículo, como nos outros aeroportos. Nem cadeiras ou poltronas é simplesmente um balcão. A locadora chamou um motorista que veio nos buscar de carro para nos levar ao carro que alugamos. Não ficava nem três quadras, mas gostei da mordomia. Passamos pela entrada do museu de arte moderna do Rio de Janeiro e chegamos a um trailer. Todas as outras empresas de locação de carros estavam ao lado da nossa, no mesmo estado.
Em compensação as pessoas são muito gentis, atenciosas. Mesmo os que não nos prestam qualquer serviço, são educados. “Bom dia” para cá “Bom dia” para lá. Sou de dar “Bom dia” as pessoas, mas não costumo passar por uma pessoa desconhecida no restaurante e dar “Bom dia. Me senti em casa.
A estrada na maioria do caminho era de duas pistas em bom estado.
Os morros perto da estrada são lindos. Lembram a nossa serra. Mas bota serra alta nisso! Altos imponentes e cheios de vegetação verdejante. Paisagem deslumbrante. Encostas íngremes com mata Atlântica, intocada. Muitos morros verdes para todos os lados.
Os deslizamentos são um detalhe a mais. Observamos que ocorreram há meses ( março e abril), e ainda estão sendo consertados. Bem pensava eu e o Agostinho, quando passamos pela estrada em obras. A estrada em muitos trechos é só uma pista para ambos os lados. Tem muitos trabalhadores e máquinas que trabalham incessantemente. As máquinas são algo enorme. Trabalham nos morros íngremes, em cima e retirar areia em baixo. Em um dos locais onde eles trabalhavam, fiquei com medo de passar. Era possível ver a rachadura na areia. Porque os morros pareciam de areia e pedras enormes. Imagina aqueles homens trabalhando naquela situação. Os automóveis passavam pela pista mais distante por precaução. Já havia muitas barreiras erguidas nas encostas, a algum tempo, de concreto.










Eu me surpreendi como eles estão construindo agora. Eles retiram à areia e as pedras que devem retirar conforme a topografia. Depois eles colocam uma tela e uma espécie de argamassa que parece rocha. Isto resolve dois problemas: um que a água não vai penetrar naquela areia mais evitando os deslizamentos naqueles locais; e aquela forma de cobrir os morros fica em harmonia com o ambiente. Ele fica claro a princípio, mas com o tempo adquiri a cor de rocha. Eu vi uma assim. Achei que era rocha mesmo. Até que vi durante a viagem a forma que eles cobrem os morros. Uma solução inteligente! Eles estão de parabéns.
Outra coisa que percebemos é que esta região é uma região de deslizamentos. Pode–se observar vários deslizamentos antigos, pelos morros da região. Eles guardam as marcas, as rachaduras, o local onde foi depositada a terra deslocada e a vegetação recente. Eu me prestei a contar, até onde vista alcançava, havia quinze deslizamentos recentes e três antigos. Sinal dos tempos? Porque aumentou a quantidade? Ou um movimento natural da natureza? Respondam vocês que estão lendo meu diário da viagem a Paraty.
Eu me informei sobre os deslizamentos com o recepcionista da pousada que estamos hospedados. Um capítulo a parte a pousada Village. Eu conto, depois! Ele disse que a cidade não ficou isolada, que não houve muitos deslizamentos, mas o que os surpreendeu aconteceu em um dia de sol! Querem saber? Uma pedra enorme de umas 4 toneladas caiu na estrada a noite e eles descobrira pela manhã quando foram pela estrada para o Rio de Janeiro. A cidade se assustou com o ocorrido. Os engenheiros foram chamados e na avaliação deles disseram o seguinte: A chuva vai caindo e corroendo, erodindo e rochas assim podem cair depois da chuva. E de forma preventiva eles estão cuidando dos morros antes que eles caiam. Fizeram tudo com muito planejamento, avaliações técnicas criteriosas, para não mexer com a natureza da região. Fizeram de forma preventiva. Bem mais eu admiro os habitantes e os políticos locais quanto a esta questão. É sempre melhor prevenir. Afinal pagamos nossos impostos, queremos os frutos.
Bem a viagem de carro é longa. A estrada serpenteia pelas encostas. Vemos vilarejos, fazendas, casas nas encostas, morros verdejantes, pontes, várzeas, a serra, ilhas e mar. É uma que faz nossa mente viajar pela imaginação. Eu queria uma casa aqui! Outra aqui! Mais uma ali! Ainda bem que não sou rica! Como iria cuidar de tantas casas?! Olha que ser nômade... pode ser uma opção!
Algumas horas de viagem e uns 250 quilômetros, depois, chegamos a Paraty. Procuramos a rodoviária que era nosso ponto de referência para encontrar a pousada Village. Pousadas é o que não faltam por aqui. Tem ruas que parecem ter só pousadas. Existem placas nas esquinas identificando quais pousadas ficam naquela rua.
A pousada Village é uma pousada familiar. Fica próxima ao centro histórico. Duas quadras e pronto. Chegamos à rua principal do centro histórico. Olhando de fora não se dá nada pela pousada, mas por dentro é muito diferente. Tem estacionamento, piscina, jardim. Todos os quartos tem abertura para a piscina. As acomodações são para até três pessoas: uma de casal e outra de solteiro. Quarto com freegobar, ar condicionado, banheiro e todos os quartos tem tela para mosquitos na janela do quarto e do banheiro. Tudo bem limpo. Os atendentes na recepção são muito atenciosos. Eles te ajudam antes de pedires qualquer auxílio. Estão sempre prontos a dar qualquer informação.





2º Dia em Paraty
O Agostinho foi andar e eu fiquei fazendo o diário do dia anterior. O café da manhã é bom. Após o café fui para a piscina escrever. Quando o Agostinho chegou fomos de carro passear ao lado do rio. Outra rua cheia de pousadas. Subimos para visitar o forte do Perpétuo Defensor. Subimos o morro a pé uns 400 metros. Os guardas fazem a segurança do local. Tem parte do frontão de entrada. Parte da muralha protegida por terra. Uma casa que abriga o museu local. Pouco se sabe da história do local. Tem umas três portas externas parece área administrativa. Mais atrás tem a casa da pólvora. Espalhados pelo que foi a muralha tem uma série de canhões. Na parte da frente há uma parte destruída que tem uma descida que chega até o mar. As pessoas encarregadas não são preparadas para dar qualquer tipo de
informações turísticas.













Depois cruzamos a Ponte Branca e fomos à igreja da Penha. Ela foi construída em cima de uma pedra gigantesca! Ali começa a trilha da estrada real e no mesmo local existe uma pequena queda de água que os turistas usam para tomar banho e fazer tobogã. Tudo é muito rústico.
A Estrada Real é longa ligando Diamantina e Ouro Preto a Paraty, mas havia também o caminho para a cidade do Rio de Janeiro. Antes era uma trilha na serra, mas o terreno exige que para o transporte de ouro no lombo de burros seja em terreno mais firme. A estrada real tinha condições de passar pequena carruagem ou carroça. Mas como em toda a região as pedras são irregulares e o tamanho, para uma pedra de pavimento, é grande. Se comparar a um mediano paralelepípedo, a estas pedras usadas no calçamento da Estrada Real e da cidade de Paraty, seria o equivalente a uns 5 a 6 paralelepípelos/1 pedra. Digo isto porque pude presenciar o desmonte de uma das ruas da cidade para levantar um pouco devido a seu afundamento.
A Estrada Real segue pelo caminho onde hoje tem uma estrada local de asfalto. Mas no percurso colocaram marcações para os turistas de onde passava.







Visita a Fazenda Murycana

Em minhas pesquisas no passado o local foi casa de farinha e cafezal, entreposto de comercialização no ciclo do café, do ouro, do açúcar mascavo e aguardente e de mão-de-obra escrava. Diz Angélica, uma das funcionárias do local que no século XVII era conhecida como "Três Fazendas", porque estava distribuída em três níveis: nível superior, mais no alto da serra, onde morava o senhor do engenho; no meio do caminho entre a de baixo e a de cima, moravam os serviçais (escravos); no nível de baixo funcionava o entreposto (armazém). O Porto de Paraty exportava produtos de São Paulo e Minas Gerais e recebia mercadorias de vários países, que eram distribuídas nas Províncias, então a Fazenda Murycana era a Ex-Fazenda do meio e a fazenda de baixo era parada obrigatória para os que passavam, pois era o entreposto.
O antigo engenho da Murycana, movido à roda d'água, produzia aguardente envelhecida em tonéis de carvalho e cerejeira, além de licores, melados e pingas.
No local, onde hoje está o alambique, ficava a senzala onde os escravos eram recolhidos para dormir numa espécie de calaboço forrado com feno e capim seco. No local foi encontrado uma cela, onde se encontrou ossada e restos de tecido da roupa de uma pessoa. Ali na senzala não havia porta. Mas se observarmos na sala do feitor havia no chão madeiras com aberturas pequenas para entrar uma mão. Pensei que ali era local de esconderijo ou algo assim. Até que em minhas pesquisas descobri que havia uma escada que descia até o fundo do buraco (senzala) e esta escada era móvel, que após a descida dos escravos era retirada para evitar que os escravos fugissem e recolocada na manhã seguinte, para que voltassem ao trabalho.






































A fazenda hospedou D. Pedro I e a marquesa de Santos. Eles pernoitavam lá. Eles chegavam à Paraty, subiam em carruagem ou padiola, eram carregado pelos escravos da fazenda e lá dormiam. No dia seguinte seguiam a viagem a São Paulo ou Minas Gerais.
O ouro era embarcado em Paraty, passava pela cidade de Cruzeiro, Cachoeira Paulista, Guaratinguetá e Cunha. Descia no lombo de burros, dentro de surrõe de couro (bolsões), passava pelo entreposto para negociar o “Quinto” (imposto real), na antiga fazenda de baixo (Murycana) e chegava a Paraty embarcando para o Rio de Janeiro e seguindo viagem para Portugal.
Quando havia piratas na região o ouro era escondido na mata por 30 ou 90 dias.
Na região havia pelo menos 250 engenhos.





Centro histórico
Era a antiga vila. Demonstra a pujança do comercio local. Tem a maior parte casas e ruas preservadas. É uma verdadeira jóia que foi preservada muito bem. Em todas as suas características, sendo um complexo arquitetônico inigualável. É patrimônio da humanidade tombado pela UNESCO, com todo direito de tal título.
O calçamento é diferenciado. Pedras irregulares, calçada para uma pessoa, apenas e declive central para escoamento da água. A pedra é bruta totalmente irregular não lapidada. De dimensões de trinta a quarenta centímetros a um metro. Assim as saliências que ficam entre as pedras tornam o ato de andar, bastante difícil.
As igrejas: de Santa Rita, Matriz, Nossa Senhora do Rosário, Nossa senhora da Penha, Santa trindade. A igreja Santa Rita está em reforma. Pretendo visitar a todas que for possível.
Existem muitos lugares para jantar ou fazer happy hour no centro histórico. Lugares chiques e não tão chiques. Têm cachaçarias, lojas, boutiques, restaurantes, bares. As cachaçarias são lojas imensas com as paredes forradas de garrafas de todos os tipos, tamanhos e sabores. São cachaças diversos valores, de R$ 7,00 a R$ 60,00.
No cais tem a peixaria ou mercado.
As casas são uma ao lado da outra. Não tem como ver as casas da rua, pois todas têm muros altos e portão sem visão para dentro. Algumas têm trepadeiras floridas como bougainville.


3º dia
Trabalho! Trabalho! Trabalho!
4º dia
Passeio de barco pela região.
O cais tem uma série de barcos. Todos saem às 11 horas. O preço varia de R$ 40,00 a hora para os barcos menores e de R$ 30,00 a R$ 20,00 os barcos maiores. Passeamos no Bucaneiros III. Tem música ao vivo, snorkel, pés de pato, almoço e sobremesa, foto submarina, bebidas em geral tudo a parte.







A ilha comprida tem vários peixinhos que adoram arroz cozido, claro.








Passamos pela ilha de Amir Klink. É a ilha da bexiga. Ali foram deixadas as pessoas que durante epidemia de varíola, no início do século, cujas pessoas doentes ficavam em quarentena no local e podem ter sido sepultadas na ilha. Possui uma única praia. No topo da ilha estão ás ruínas do Forte da Bexiga com antigas pilastras, muros de pedra e canhões. O forte da Bexiga é um dos sete fortes que compunham a defesa de Paraty.



Ilha da Lula tem 3 metros de profundidade a uns 10 metros da beira. É uma pequena faixa de areia, Muitas pedras grandes e medianas. A água é de um verde sem igual. Pode-se ver os peixinhos compridos nadando bem na linha dágua.




As praias do sul de Paraty e de Ubatuba em São Paulo

Ubatubamirim






Itamambuca


Ubatuba



















Felix










Prumirim


Trindade


6º dia
Centro Histórico
Calçamento "pé de moleque". Imaginam o porquê?